Decapando até debaixo d'água (Local: Palhoça, SC; foto: L. Duran, 2008)

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Escavação de navios baleeiros na Austrália

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Dois navios baleeiros do século XIX estão sendo escavados em Bunbury, na Austrália Ocidental. Os trabalhos podem ser acompanhados a partir do site:
www.carparkwhalers.com

[Notícia veiculada pelo A Blog About History]

domingo, 27 de novembro de 2011

ArqueoDicas Sub: porto fluvial e estação de trem de Juquiá, SP

Estas fotos são de 2007, tiradas durante um levantamento de campo para o meu doutorado, do qual também participou o arqueólogo Leandro Duran. No final das contas não utilizei o material para a tese e já não é sem tempo divulgar o material para que outros possam eventualmente se inspirar em desenvolver trabalho na mesma linha.
As fotos são da estação ferroviária de Juquiá e do porto fluvial, anexo à ela. A estação fazia parte da Southern São Paulo Railway, ferrovia que ligava o porto de Santos a Juquiá e que ficou pronta em 1915.




Para quem quiser mais informações pode acessar o excelente site:

http://www.estacoesferroviarias.com.br/j/juquia.htm

Essa ferrovia provocou uma inversão no eixo de circulação das mercadorias do vale do Ribeira. Ao invés da produção seguir do alto e médio Vale, por via fluvial, para o porto marítimo de Iguape, para depois seguir para o Rio de Janeiro, Santos ou Paranaguá (praças de comércio principais, com grande destaque para o Rio), os produtos do Vale passaram e ser encaminhados, por via fluvial, para Juquiá e de lá para o porto de Santos pelo trem, ocasionando uma perda de dinamismo do comércio de Iguape, que durante o século XIX havia sido uma importante praça de comércio marítimo. Trocando em miúdos, antes de 1915 os barcos desciam o rio carregados; depois eles passaram a subir o rio carregados.
Mas esse fluxo comercial não dependia somente da ferrovia. Era absolutamente vital uma ligação fluvial minimamente confiável entre Eldorado, grande produtora de arroz, e Iguape até Juquiá. E isso só poderia ser feito através da navegação a vapor realizada pela Companhia de Navegação Fluvial Sul Paulista.
E para que as mercadorias transportadas pelo rio chegassem de forma rápida e segura até o trem era necessário um porto que permitisse o transbordo dos produtos. Vale destacar que no caso do transporte de arroz não poderia haver contato do produto com a água, com risco de apodrecimento do mesmo.

 Escadaria que dá acesso ao rio Ribeira, vista a partir da rua da estação.

A escadaria, vista a partir da beira do rio.

 Peças para a amarração das embarcações.

 A estação, vista a partir do final da escadaria.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Novas informações sobre comércio entre Portugal e a Madeira nos séculos XVI e XVII

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A origem da colonização do arquipélago da Madeira é portuguesa, mas novos achados estão esmiuçando como se davam os contatos entre Portugal e as ilhas nos primeiros séculos da colonização. Análises arqueométricas de fragmentos de uma forma de pão-de-açúcar indicam que ela foi modelada não em Lisboa, mas em Aveiro, ao contrário do que se pensava antes.

Anzóis achados em Timor Leste têm entre 11 e 23 mil anos

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Arqueólogos australianos encontraram 2 anzóis, datados entre 11 e 23 mil anos, em uma caverna no Timor Leste. Além desses artefatos, milhares de ossos de animais marinhos foram localizados. Essas evidências indicam que a pesca em mar aberto já era realizada àquela época.
Notícia sugerida pelo arqueólogo Leandro D. Duran.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Arqueo Sub dicas: bibliografia do site do ARQVA - Museo Nacional de Arqueología Subacuática

Essa dica foi passada pelo arqueólogo Gilson Rambelli, da Universidade Federal de Sergipe. Existe grande quantidade de bibliografia em arqueologia náutica e subaquática disponível para consulta e dowload  no site do ARQVA, o Museu Nacional de Arqueologia Subaquática (Espanha).
Clicando no título da postagem você acessa o site principal do Museu, mas clicando no caminho:

http://museoarqua.mcu.es/actividades/laboratorio_arqueologico/bibliografia_es/index.html

pode-se seguir direto para a página que apresenta a opção do catálogo da biblioteca da instituição ou o catálogo de obras de arqueologia náutica e subaquática. No livro eletrônico que irá se abrir existem vários links para os trabalhos completos.
Importante ferramenta para quem trabalha com essa área do conhecimento e também fonte de informação para os apreciadores da arqueologia 'sob pressão'.

Boas leituras!

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Artefato asiático de bronze encontrado em sítio arqueológico no Alasca

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O artefato de bronze, um fragmento de fivela feita em molde, tem um pedaço de tira de couro preso a ele. Essa tira foi datada de antes de 600 d.C., mas acredita-se que a peça de bronze seja pelo menos uma centena de anos mais antiga. Seria ela uma evidência de contatos comerciais entre os esquimós e os povos asiáticos, muito antes das expedições de conquista européias ao território americano.

Devagar, mas com coerência, está-se escrevendo uma história mais abrangente dos contatos entre a América e os outros povos do mundo.

A despeito da lentidão inerente ao processo científico, acredito que não haja mais dúvidas de que não foram os europeus que 'descobriram' a América entre os séculos XV e XVI. Essa história é, em verdade, mais complexas e interessante do que se imaginava.

Arqueologia subaquática nos Açores II

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Arqueologia subaquática nos Açores I

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quinta-feira, 10 de novembro de 2011

ArqueoSub dicas: Casa do Povoador, Piracicaba, SP

Estas fotos são de 2009, da primeira vez que fui à Piracicaba, jantar um excelente peixe na rua do Porto. Muito embora o topônimo "rua do Porto" pudesse ser o foco óbvio desta postagem, pretendo tratar de assunto menos evidente: a Casa do Povoador, bem tombado pelo estado desde a década de 1970. Construída no século XVIII, situa-se na margem esquerda do rio Piracicaba e pode ter tido importância como centro de atividade náutica na época das monções para Cuiabá.


Segundo Heloísa L. Bellotto em seu livro Autoridade e conflito no Brasil colonial: o governo do Morgado de Mateus em São Paulo, Piracicaba teve como uma de suas atividades econômicas principais, antes do ciclo do açúcar e do café, a construção de canoas e, talvez, batelões, os quais foram largamente utilizados nas monções, expedições fluviais que partiam principalmente de Porto Feliz, no rio Tietê, com destino à Cuiabá (e vice-versa). Essas embarcações, escavadas em um único tronco de árvore, eram o resultado de um saber naval híbrido, oriundo das culturas indígenas, européias e africanas. Hoje são conhecidas como embarcações monóxilas, ou sejas, feitas de um tronco só.

Uma vez que a Casa do Povoador está a poucos metros do rio, não poderia ter existido, anexo a ela, um estaleiro para a construção das embarcações das monções? Todas as evidências parecem combinar a favor disso: a casa situada nas primeiras cotas a salvo das cheias do rio; a jusante das últimas grandes corredeiras; tendo um remanso diante de si, onde até hoje pequenas embarcações descansam; além de estar muito próxima do final da rua São José. Essa rua, além de ligar diretamente a Casa até a praça principal da cidade, possui uma denominação muito interessante: no Mato Grosso, o dia de São José, 19 de março, marca o máximo das cheias dos rios da região. Assim, no local da Casa do Povoador estão reunidas muitas referências que, juntas, indicam uma íntima relação entre a Casa e as atividades náuticas. Falta agora a realização de pesquisas arqueológicas, a exemplo do que aconteceu neste ano, no Engenho Central, no entorno da Casa e de lá até a beira do rio, com a finalidade de buscar novas informações materiais sobre as atividades que eram desenvolvidas naquela interface terra/ água. Infelizmente as pesquisas subaquáticas, lá, ficariam prejudicadas pela poluição das águas, mas o potencial do fundo do rio em conter vestígios arqueológicos é muito alto, como mostram as evidências do passado, e as do presente, sintetisadas pela foto abaixo. Afinal, onde ancoram barcos hoje, podem ter ancorado outras embarcações no passado.
Finalizando, apesar da poluição das águas prejudicar as prospecções diretas, com arqueólogos-mergulhadores, resta a opção de um levantamento geofísico do fundo do rio, o qual poderia fornecer muitos dados dos eventuais depósitos arqueológicos submersos.


 Fica aí a dica de pesquisa arqueológica futura para o rio Piracicaba.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Datação do naufrágio da Praia de Castelhanos, Ilhabela, SP

O fragmento de casco de madeira encontrado em abril passado, na praia de Castelhanos, município de Ilhabela, SP, foi datado como sendo da primeira metade do século XIX.

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