Decapando até debaixo d'água (Local: Palhoça, SC; foto: L. Duran, 2008)

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Área portuária do rio Itiberê, Paranaguá, PR

Essas fotos são de 2007 e mostram um pouco da fachada portuária oitocentista e do início do século XX de Paranaguá, no estado do Paraná.


Antes da transferência das atividades portuárias principais para o porto D'Água, depois chamado de Dom Pedro II, isso a partir da década de 1860, o porto de Paranaguá funcionava no rio Itiberê, na fachada leste do hoje Centro hitórico. Hoje ele ainda funciona para atividades turísticas náuticas.
Nesta postagem apresento algumas fotos que registram a fachada portuária dos séculos XIX e XX. As estruturas portuárias mais antigas hoje não estão mais visíveis, sendo representadas pelo arruamento e pelas edifficações mais antigas, tais como as igrejas e o antigo convento jesuítico.

Perto do Mercado Municipal



Essa parte foi aterrada e hoje o mar fica bem distante, mas as estruturas portuárias antigas foram parcialmente mantidas, criando-se uma espécie de monumento incorporado a essa grande praça. É pena que o espelho d'água estivesse um tanto quanto sujo à época.



Note-se as pedras da antiga beira do cais, junto ao espelho d'água, arrematando o muro de saneamento.


Ao longo da rua General Carneiro



As pedras de arremate da beirada do cais, semelhantes àquelas junto ao Mercado.

Escada de acesso às embarcações pequenas.

 Argola para a amarração das embarcações, muito desgastada.

Ao fim da rua, na intersecção com a rua XV de Novembro, há um guindaste manual, talvez um dos últimos no Brasil.



Os canhões encontrados no porto do Rio de Janeiro

Semana passada foram desenterrados dois canhões, provavelmente de fins do século XVI ou início do século XVII, durante os trabalhos arqueológicos nos arredores do porto do Rio de Janeiro, dentro do projeto intitulado Porto Maravilha. Eis um dos muitos links para mais informações sobre o achado:

http://extra.globo.com/noticias/rio/arqueologos-acham-canhoes-de-pelo-menos-400-anos-na-zona-portuaria-3966265.html

Apesar da grande importância do achado, esse não foi um fato isolado. Muitos canhões já foram encontrados, no Brasil e no mundo, durante obras de escavação. A razão de muitos canhões terem sido enterrados - e, às vezes, lançados ao mar - é que, uma vez obsoletos, eles não podiam ser utilizados para os fins de combates regulares, mas, ainda assim, poderiam ser eventualmente disparados. Ou seja, continuavam a ser armas.
Vejamos alguns outros exemplos de canhões desenterrados:

Canhão português encontrado na Austrália:
http://www.ionline.pt/opiniao/sorte-canhao-enterrado-na-areia-natal

Canhão encontrado na Paraíba:
http://www.panoramio.com/photo/14636036

Canhão encontrado na fortaleza da Barra Grande, no Guarujá, SP, nos anos 80:
http://www.novomilenio.inf.br/guaruja/gh013g.htm

Canhões encontrados durante obras na praça Esteves Jr., Beira Mar Norte, Florianópolis, SC:
http://www.guiafloripa.com.br/turismo/centro/pontos_turisticos.php3

Polêmica, muitos anos depois, na mesma região da capital catarinense, sobre outro suposto canhão enterrado:
http://wp.clicrbs.com.br/visor/2010/11/11/misterio-do-canhao-na-praca/?topo=67,2,18,,,67

http://cangarubim.blogspot.com/2010/11/o-misterio-do-canhao-da-praia-de-fora.html  

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Tesouro com 3 bilhões em platina no Atlântico Norte? Muita calma nesta hora.

Prezados leitores, muita calma nesta hora. Nesses tempos de pujança econômica dos países ditos em desenvolvimento, e de desespero econômico em alguns países ditos desenvolvidos, muito tem se falado a respeito de promessas financeiras submersas ao alcance dos empreendedores audazes. Peço calma, porque isso não é novidade na história do mundo, sujeita a forjar heróis e bandidos de acordo com a maré. E a calma é para pensar e refletir, porque isso também é produção.
A mais recente notícia é a do navio cargueiro com 3 bilhões em platina, afundado por um u-boat em 1942, nas águas próximas aos EUA.
Peço que vocês vejam esta notícia abaixo, que explica um pouco mais sobre o caso e sobre os direitos à carga.

http://portuguese.ruvr.ru/2012/02/05/65392108.html

Além disso, gostaria de ressaltar que os naufrágios da Segunda Guerra são túmulos de guerra e são, sim, passíveis de intervenções arqueológicas e de fornecer informações para a construção de uma história mais abrangente.
Vejam exemplo de pesquisa desenvolvida há anos na Carolina do Norte, EUA (fonte: A blog about history).

http://www.smithsonianmag.com/history-archaeology/Diving-for-the-Secrets-of-the-Battle-of-the-Atlantic.html#ixzz1lA0uVcQ8