Decapando até debaixo d'água (Local: Palhoça, SC; foto: L. Duran, 2008)

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Artefatos líticos suportam tese de migração pré-histórica costeira

Localizados no sítio arqueológico El Coyote, Baja Califórnia, México, os artefatos líticos suportam a idéia de que correntes migratórias Ásia-América teriam ocorrido com pequenas embarcações ao longo da costa do Pacífico americano. Além dos líticos foram encontrados outros artefatos relacionados à pesca e consumo de moluscos. Teriam as peças entre 8,6 e 9,3 mil anos.

Retirado mais um canhão do naufrágio do Barba Negra

Arqueólogos retiram mais um canhão do sítio arqueológico de naufrágio do Queen Anne's Revenge, navio do pirata Edward Teach, afundado na Carolina do Norte, EUA, em 1718.
Atualmente é o maior trabalho de arqueologia subaquática em curso nos EUA, segundo a reportagem.

sábado, 29 de outubro de 2011

ArqueoSub dicas: Porto Ferreira, SP

Em 2006 passei por Porto Ferreira, cidade famosa por sua produção cerâmica. Na verdade eu estava a caminho de Ribeirão Preto e entrei em Porto Ferreira para ver se ainda existia alguma coisa do porto fluvial antigo, que funcionou em conjunto com uma ferrovia entre a década de 1880 e 1903. Minha curiosidade havia sido despertada por fotos antigas do livro de Adolpho Pinto, História da Viação Pública do Estado de São Paulo, publicado a primeira vez em 1903.
Qual não foi a minha surpresa quando vi que o porto, apesar de desativado a mais de um século, estava lá, bastante bem preservado, dentro de um parque municipal.
Na verdade, essa é uma das estruturas portuárias mais antigas do estado, juntamente com o porto Grande, em Iguape, o porto do Bacharel, em Cananéia, e o cais do Valongo, em Santos. E se pensarmos em portos para o café, os muros de Porto Ferreira são os mais antigos do estado.

 Fotografia do livro A Era do Trem (1999), tirada no início do século XX, mostrando a descarga das barcaças de café.

 Uma perspectiva 'atual', de ângulo aproximado ao da foto anterior.

 Outra foto do livro A Era do Trem: vapor atracado ao cais...

 ... antes da construção da ponte da ferrovia. Notar a escada aparentemente cortada pela cabeça de ponte.

No detalhe, visto de cima, uma das argolas de amarração das embarcações.

Boa perspectiva de pesquisa em arqueologia 'áquática' para o pessoal do interior do estado, sem sair das margens do rio Mogi-Guaçu.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

É preocupante ...

... o estado de conservação da lancha Igara, peça integrante do acervo do museu do Porto, em Santos. Construída nos anos 1930, prestou serviços à Cia. Docas até a década de 1980. A despeito de sua beleza, com linhas que lembram os barcos de corrida dos anos 20 e 30, e apesar de seus 50 anos de serviço, jaz do lado de fora do prédio principal, sob uma cobertura que a protege das chuvas, mas a mercê da umidade e dos insetos xilófagos.

Visão frontal da lancha.

 A embarcação, vista a partir da popa.

 Bombordo e coberta da embarcação, bastante danificados.

Interior da cabine, com peças fora do lugar e faltantes. As fotos foram tiradas neste mês.

A despeito dessa situação precária do bem, do limão se pode fazer uma limonada: um projeto de restauro da embarcação não seria uma boa oportunidade para valorizar e difundir as técnicas dos carpinteiros navais? Boa parte da população nunca viu esse tipo de trabalho e o espaço do museu seria ideal para a difusão do conhecimento.

Sir Francis Drake merecia coisa melhor!

Uma equipe de confessos caçadores de tesouro localizou duas embarcações perto de Portobelo, Panamá. Atribuem os barcos à frota de Francis Drake, aristocrata elisabetano cujas ações bélicas navais envolveram, além de operações de corso, a defesa da Inglaterra contra a Grande Armada filipina.
Em 1596, depois de mais um ataque às possessões espanholas, faleceu vitima de disenteria e foi sepultado nas águas costeiras do Panamá. Embora os caçadores de tesouro aleguem que não promoverão escavações nos dois naufrágios, continuarão a procura do caixão de Drake.
Sem dúvida mereceria Sir Drake um tratamento pós-morte mais honrado!

Provável 'estaleiro' maori encontrado na Nova Zelândia

Um fragmento de enxó lítico, além de estruturas de combustão e restos alimentares - conchas e ossos de mamíferos aquáticos - foram encontrados embaixo do edifício demolido de uma agência de correios do século XIX em Lyttlelton, Nova Zelândia. O local pode ter sido utilizado como um 'estaleiro' de wakas, grandes canoas maoris. Os achados, embora ainda não tenham datação absoluta, podem remontar há 800-1000 anos atrás, reforçando a história oral contada sobre o local.

Para saber mais:

http://www.stuff.co.nz/national/5763605/Maori-adze-found-at-post-office-site

Descoberto naufrágio do século XIII próximo à Nagasaki, Japão

Descoberto, próximo da costa, porção da quilha de embarcação supostamente relacionada a uma das mal fadadas invasões mongóis ao Japão, no final do século XIII.

Note-se que os pesquisadores japoneses estão bastante cautelosos e não pretendem se render à afobação, escavando de forma passional e inconsequente o importante e bem preservado sítio. Ele será recoberto para posteriores estudos.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Novas ArqueoSub: barco viking encontrado na Escócia

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Descoberta, na Escócia, Reino Unido, estrutura funerária viking cujo 'esquife' é uma embarcação de 5 m de comprimento.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Dicas ArqueoSub: navegação nos canais de Santos

Estas fotos foram tiradas em 2007. São do final do Canal 1, na confluência das avenidas Ana Costa, Pinheiro Machado e Rangel Pestana, próxima ao restaurante Almeida, ao colégio Cesário Bastos e à antiga garagem dos bondes.

Quando eu era criança, intrigavam-me as fotos do início do século XX que mostravam botes dentro dos canais, coisa absolutamente improvável para mim na Santos dos anos 1970 e 1980, quando os canais eram muitíssimo mais poluídos do que são hoje – diga-se de passagem que eles só são sujos por causa das ligações de esgoto clandestinas, antigamente muito mais frequentes. Eu não entendia a função de drenagem dos canais e, além disso, a aparência de cloaca deles desestimulava qualquer reflexão.

Com o passar dos anos e a melhora das condições dos canais foi ficando menos repulsivo caminhar ao longo deles, até que se tornou um passeio agradável, ou quase isso. De qualquer forma a salubridade relativa e a minha profissão foram fazendo-me juntar as peças do quebra-cabeça canais/navegação.

Uma das evidências está nestas fotos: escadas para acesso ao fundo do canal. São grandes as possibilidades de elas terem sido utilizadas para o acesso das pessoas a embarcações pequenas, talvez na maré alta, quando as condições de navegabilidade seriam melhores. Note-se que o característico guarda-corpo dos canais, cujo desenho é uma repetição do padrão “IOI”, impede o acesso às escadas, denotando que eles são posteriores às mesmas. Logo, as escadas já não tinham mais função à época da implantação desse hoje ícone urbanístico.

Na outra foto pode-se ver um piso de ladrilhos hidráulicos em meio à pavimentação recente, outra indicação de que o local tinha uma função hoje desaparecida.
Vale à pena consultar o site Novo Milênio para ver fotos e cartões postais de época que mostram o uso dos canais como vias de navegação. Há inclusive um cartão postal que mostra o mesmo local da foto aqui postada, em 1914.

http://www.novomilenio.inf.br/santos/fotos023.htm

Finalizando, penso que um bom tema de pesquisa poderia ser o mapeamento e levantamento das estruturas arquitetônicas ligadas à navegação que ainda resistem nos canais de Santos... antes que alguém resolva propor novamente a cobertura deles!

domingo, 9 de outubro de 2011

Novas ArqueoSub: Pavlopetri Underwater Project

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Universidade de Nottingham, na Inglaterra, lança modelo 3D para cidade submersa na Grécia.

Novas ArqueoSub: salina romana a 5 metros de profundidade

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Salina romana foi encontrada em Vigo, Galícia, Espanha, a 5 m de profundidade, durante trabalhos arqueológicos para a ampliação de uma rua. O abandono da salina foi provocado pelo recuo do mar.