Decapando até debaixo d'água (Local: Palhoça, SC; foto: L. Duran, 2008)

quinta-feira, 22 de março de 2012

Arqueologia Marítima e subaquática em Cascais, Oeiras e Lisboa, Portugal

No mês de fevereiro foram divulgadas informações sobre trabalho de levantamento arqueológico realizado ao longo da costa de Cascais e Oeiras, na região metropolitana de Lisboa. Um dos focos principais é a área de São Julião da Barra, porta de entrada do Tejo e de Lisboa, coalhada de vestígios arqueológicos submersos. Os três links abaixo são relativos a esse trabalho.

Eis um bom exemplo de continuidade de trabalhos arqueológicos a ser seguido. Na década de 1990, o Instituto Português de Arqueologia (IPA), através do antigo Centro Nacional de Arqueologia Náutica e Subaquática (CNANS), desenvolveu pesquisas principalmente nos vestígios da nau Nossa Senhora dos Mártires, naufragada em 1606 defronte à fortaleza de São Julião.

Em 1999 tive a oportunidade de ajudar em uma das campanhas subaquáticas... meu segundo trabalho de Arqueologia subaquática... Bons tempos de promenades ensolaradas em Belém, no Bairro Alto, no Chiado, Alfama, Castelo de São Jorge, Cais do Sodré...

Bom, deixando a seção "memories, oh my memories!" de lado, mas aproveitando o gancho do Cais do Sodré, eis outra notícia muito 'gira': a recente descoberta de uma grande rampa de madeira para o reparo e a construção naval. E não foram os primeiros achados na antiga linha de costa da Ribeira, pois também na década de 1990 foram localizados vestígios de embarcação durante a escavação da estação do Metrô do Cais do Sodré, mas também na praça do Município, que fica nas proximidades.

Detalhes no link:

Para quem quiser se aprofundar sobre a Arqueologia Marítima e subaquática portuguesa sugiro pesquisar no endereço do IGESPAR (Instituto de Gestão do Patrimônio Arquitetônico e Arqueológico, herdeiro do IPA) qual relatório mais lhe apetece em baixar:

Há também o site do Ship Reconstruction Lab do Institute of Nautical Archaeology (INA), da Texas A & M University, onde há material especialmente sobre a N. S. dos Mártires, cujo projeto foi denominado Pepper Wreck, uma alusão à carga de pimenta do reino que a nau transportava (e que forma um dos estratos arqueológicos do sítio).

http://nautarch.tamu.edu/shiplab/

Por fim, já que neste blog há menos amarras acadêmicas ou comerciais para mim, vale sugerir a música dos irmãos Kleiton e Kledir, 'Vira virou'. Tem a ver com o tema da postagem... ou não!

Para a identificação: Kleiton é o de óculos.

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